Escalada para executivos negros fica um pouco menos difícil
A promoção da diversidade nas empresas tem aumentado a presença de executivos negros. mas, para acelerar esse processo, é preciso elevar o acesso dos afrodescendentes ao ensino superior
http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/186/noticias/escalada-um-pouco-menos-dificil
Edgar Antunes dos Santos, da IBM: apoio da empresa à igualdade de oportunidades permitiu a ascensão profssional
São Paulo - Na pauta da greve que parou os bancos no mês passado, ao
lado do pedido de reajuste salarial, uma das reivindicações dos
sindicatos dos bancários chamava a atenção: o preenchimento de pelo
menos 20% das vagas por colaboradores negros.
Foi a primeira vez que a promoção da diversidade racial foi incluída
nas bandeiras da categoria. "Os poucos negros contratados pelos bancos
têm menos chance de ser promovidos. Você raramente vê um gerente ou uma
gerente negra", afirma a secretária de políticas Sociais da
Confederação Nacional dos Trabalhadores do ramo Financeiro (Contraf),
Andréa de Freitas Vasconcelos.
Essa realidade não está restrita às empresas do setor financeiro. Apenas 5,3% dos postos de comando das grandes companhias brasileiras são ocupados por executivos negros ou pardos, segundo levantamento do iInstituto Ethos nas 500 maiores empresas do Brasil.
Isso acontece em um país onde mais da metade da população brasileira é afrodescendente, segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE). Esse quadro já foi pior. Há dez anos, apenas 1,8% dos executivos brasileiros no topo da hierarquia corporativa eram negros.
Por trás desse ligeiro avanço, há uma série de mudanças: do maior acesso à educação superior a uma nova postura das companhias quando o assunto é diversidade. Medidas que devem tornar a ascensão profissional dos negros que estão entrando agora no mercado de trabalho menos difícil.
"A geração de executivos negros que começaram a carreira na década de 70 tem uma história de ascensão individual, enquanto os mais jovens, que entraram no mercado a partir do início dos anos 2000, já fazem parte de uma geração que se beneficia das políticas de afrmação", diz Pedro Jaime Coelho Júnior, professor do Centro de Ciências Sociais da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que pesquisou a trajetória de executivos negros em seu doutorado.
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Isso acontece em um país onde mais da metade da população brasileira é afrodescendente, segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE). Esse quadro já foi pior. Há dez anos, apenas 1,8% dos executivos brasileiros no topo da hierarquia corporativa eram negros.
Por trás desse ligeiro avanço, há uma série de mudanças: do maior acesso à educação superior a uma nova postura das companhias quando o assunto é diversidade. Medidas que devem tornar a ascensão profissional dos negros que estão entrando agora no mercado de trabalho menos difícil.
"A geração de executivos negros que começaram a carreira na década de 70 tem uma história de ascensão individual, enquanto os mais jovens, que entraram no mercado a partir do início dos anos 2000, já fazem parte de uma geração que se beneficia das políticas de afrmação", diz Pedro Jaime Coelho Júnior, professor do Centro de Ciências Sociais da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que pesquisou a trajetória de executivos negros em seu doutorado.
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