26 de abr. de 2011

23/04/2011 15:52

Acusado de furtar ovo de páscoa, homem é surrado por segurança das Lojas Americanas

Vinícius Squinelo


Um ovo de páscoa foi o motivo para Márcio Antonio de Souza, de 33 anos, ser espancado, segundo ele, dentro da Lojas Americanas, localizada no centro de Campo Grande. O homem, que trabalha como vigilante, caminhava pela loja quando, por volta das 9 horas deste sábado (23), foi abordado por um segurança e levado para uma sala reservada.
No local, Márcio teria sido acusado de furtar um ovo de páscoa e foi brutalmente agredido. Ele foi para a Santa Casa de Campo Grande, onde recebeu atendimentos no setor de ortopedia, com o nariz fraturado.
O rapaz conta que o chocolate havia sido comprado em outro estabelecimento, mas garante que nao teve tempo de explicar. A família acredita que a agressão foi motivada por racismo. Márcio é afro-descendente.
“Tinha comprado dois ovos de páscoa no Makro (outro estabelecimento na Capital) e marcado para entregar um deles na rua Cândido Mariano para minha filha, na frente da loja. Após dar o presente dela, resolvi atravessar a loja das Americanas para pegar minha moto, que tinha deixado na rua Dom Aquino. Foi quando fui pego pelo segurança”, conta Márcio.
A radiografia confirmou uma fratura no nariz e o rosto do vigilante está cheio de hematomas.
Ainda segundo a vítima, o segurança sequer teria perguntado sobre a nota fiscal ou sobre a procedência do produto. “Ele simplesmente disse ‘você é um ladrão e merece apanhar’ e começou a me bater. Se tivesse perguntado eu chamaria minha ex-mulher Clemilda, que estava lá fora com minha filha, pra explicar tudo”, afirmou.
Procurada, a gerência do estabelecimento não atendeu à reportagem nem se manifestou oficialmente sobre o episódio. O gerente apenas informou, por meio de um atendente, que “não irá dar entrevista agora” e que “desconhece o caso”.
A amiga Adélia da Silva Oliveira, 35, confirma que os ovos de páscoa foram comprados por Márcio na empresa Makro, onde ela trabalha. A família ainda confirma estar com a nota fiscal da compra dos chocolates.
Além do nariz, Márcio acabou com o olho esquerdo muito ferido e teve lesões buco-maxilares. Ainda segundo ele, outro segurança impediu que as agressões continuassem. “Depois que o cara parou um pouco de me bater, outro segurança chegou e falou pra eu ir embora porque o que estava me batendo era violento e lutador de jiu-jítsu, e poderia me matar”, relata Márcio.
A ex-mulher de Márcio, Clemilda, e a filha de 11 anos deles prestaram os primeiros socorros. Ele chegou a desmaiar duas vezes na espera pelo atendimento. “Queriam que eu saísse de capacete da loja, para não mostrar o olho, mas não deixei, e nem registraram nenhum boletim de ocorrência de furto dentro da Americanas”, afirmou.
Segundo Márcio, após a agressão não houve nenhum tipo de atendimento por parte dos funcionários da Americanas.
A família encaminhou Márcio para a Unidade de Pronto Atendimento Vila Almeida, e depois para a Santa Casa. Ele deve passar por cirurgias na segunda-feira (25) para reparação dos ferimentos no nariz e no maxilar.
Racismo
Gilson Fernandes, irmão de Márcio, acredita que o motivo das agressões foi racismo. “Trabalho na área da segurança privada, não se faz uma violência dessa. Acredito que o ponto ‘x’ desse caso tenha sido a cor da pele do meu irmão”, relatou o segurança de 39 anos.
“A empresa é responsável pelos funcionários que contrata, e nós não vamos deixar esse caso ficar ileso”, comentou Gilson. “Toda família está abalada, minha sobrinha de 11 anos que me ligou falando que o pai tinha sido espancado, isso é inaceitável”, lamentou o segurança.
Márcio registrou a ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) acusando a rede de Lojas Americanas e os funcionários que participaram da agressão por racismo, lesão corporal, tortura, situação vexatória, ameaça e calúnia. Da delegacia, o vigilante seguiu para o Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) para realizar o exame de corpo de delito.



O Sindicato dos(as) Trabalhadores(as) Domésticos(as) do Estado do Maranhão, em parceria com o mandato da vereadora Rose Sales e o Movimento Negro Unificado – MNU, convidam você para participar do seminário “Trabalhadores(as) Domésticos(as) e a Previdência Social” em comemoração ao Dia Municipal das Trabalhadoras Domésticas (Lei 5.163/09) para comemorar mais  essa conquista.
Data: 27/04/2011
Local: Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão - SINDSEP
             Av. Newton Belo, 524 – Monte Castelo (atrás da igreja da Conceição)

Horário: 14:00 às 17:00

23 de abr. de 2011

Combata o preconceito

Combata o preconceito

Exclusão é atraso. Deve ser refutada coletiva e individualmente
Simon Franco, da EXAMEPrezado simon: Tenho 28 anos, sou economista com especialização em administração financeira. Minha pergunta é delicada: por que existem tão poucos executivos negros? Falta de profissionais, de oportunidades? Preconceito? O senhor já identificou executivos negros como talentos emergentes? Que conselhos daria a nós, que sofremos com essas dificuldades, mas que desejamos também um espaço ao Sol? (Felipe Cruz,* de Minas Gerais)

Caro leitor: não sou sociólogo nem historiador para falar com propriedade sobre a questão do preconceito racial. Mas uma coisa é certa: a discriminação é atrasada, burra e reacionária. Economicamente, desastrosa. No entanto, sejamos sinceros, ela existe, às vezes de forma explícita, às vezes dissimulada. No alto mundo empresarial, a hegemonia é de pessoas brancas, não adianta negar a realidade. Você tem razão quando diz que é raro encontrar um executivo negro. Mas esse quadro está mudando, de forma lenta no Brasil, de modo mais acelerado nos países desenvolvidos. No caso brasileiro, é preciso notar que a população de origem africana ficou concentrada, pelas razões que todos conhecemos, nas camadas mais pobres do país.

Isso a faz sofrer freqüentemente um duplo preconceito: o racial e o econômico. De nada adianta uma novela da TV, como Terra Nostra, terminar com as cenas da elite da virada do século passado assumindo a paternidade de filhos que tiveram com escravas ou apadrinhando "negrinhos" (o termo é da própria novela!) para que pudessem estudar. Além de falseadora, essa visão reforça um equivocado paternalismo: o "negrinho" pode subir socialmente, desde que seja pelas mãos do branco.
Essas simplificações históricas servem para mostrar o tamanho do desafio que ainda existe na sociedade e no mercado: 500 anos de exclusão. Mas, como disse, isso está mudando. A crescente democratização do ensino e da cultura tem colocado cada vez mais as pessoas pobres em condições de desenvolver seu potencial. Além disso, a consciência mais avançada hoje, em parcelas significativas do empresariado e da população em geral, de que a exclusão social é gerada por problemas na estrutura do país, e não por culpas individuais ou étnicas, está dando origem a ações que visam dar igualdade de oportunidades a mais pessoas. Do ponto de vista empresarial, é a chamada "responsabilidade social", que passa gradualmente a ser exigida pelos próprios consumidores. Recentemente, a manchete de um jornal econômico indicava que as ações sociais das empresas têm reflexo positivo na aceitação de seus produtos. Entre essas ações sociais estão projetos pela igualdade de raça e gênero. E não são paternalistas.
Se do ponto de vista mais geral as coisas começam a andar melhor, nem sempre do ponto de vista individual isso acontece. Eu já identifiquei - poucos - executivos negros, mas notei que algumas vezes eles foram aceitos e contratados porque eram muito melhores que o necessário para vencer os outros candidatos à mesma vaga. Precisaram de muito mais "raça" para ultrapassar alguns preconceitos raciais. E conseguiram.

O primeiro passo para isso é ter consciência do problema, identificá-lo como obstáculo real, e lutar para que deixe de ser obstáculo. Essa luta se dá coletivamente de várias maneiras: em organizações sociais, movimentos por legislação adequada, pela educação etc. E a luta individual, sem jamais tentar renegar a própria pele, é valiosa.
Um país em construção como o Brasil não pode deixar o preconceito ser uma barreira para o talento, para a inteligência e para a produtividade de milhões de cidadãos. O país precisa de todos para atingir seu verdadeiro desenvolvimento. Essa percepção, aliada à globalização, que obriga todos os setores, por razões econômicas, a se relacionar com um mundo de diferenças étnicas e culturais, também é um dos motores para ultrapassar os preconceitos. Há muito por fazer, e pessoas como você, que levantam esse tema numa revista como EXAME, estão ajudando a combater a insensatez, a burrice e o atraso de quem ainda carrega preconceitos.

Simon Franco é headhunter e presidente da Simon Franco Recursos Humanos, de São Paulo.
*Nome alterado por solicitação do leitor
FONTE: Revista Exame

17 de abr. de 2011

MNU - Posse na Cidade Nova Iguaçu RJ

MNU - Posse na Cidade Nova Iguaçu RJ




MNU - Nova Iguaçu/RJ - Posse Nova Coordenação



MNU - Posse na Cidade Nova Iguaçu RJ


Iléia Ferraz é atriz, cantora, compositora e produtora, convidada especial do evento de posse.

MNU - Posse na Cidade Nova Iguaçu RJ



Prestigiando o Evendo: MNU Coordenação Cidade Rio de Janeiro. Ao centro, Sebastião Rocha.

MNU - Posse na Cidade Nova Iguaçu RJ



Nova Coordenção MNU Nova Iguaçu/RJ , Coordenção Cidade RJ e Suppir.

MNU - Posse na Cidade Nova Iguaçu RJ


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16 de abr. de 2011

Manifesto Contra o Racismo e a Intolerância Religiosa

Manifesto Contra o Racismo e a Intolerância Religiosa

Carta de Brasília
     Nós do Movimento Popular Contra o Racismo e a Intolerância Religiosa, constituído por lideranças vinculadas às tradições de matrizes africanas, ativistas negros e colaboradores, vem a público exigir que sejam garantidos os direitos invioláveis da população negra e das comunidades de terreiros ante aos ataques verbais manifestados por protagonistas que julgam estar acima da Constituição Federal e do Código Penal.
     Desde a década de 1950 existem leis no Brasil para coibir a discriminação racial. A partir de então a legislação tem sido aprimorada para que atos de racismo sejam exemplarmente punidos, não importando quais sejam os agressores. O momento atual é propício para que o poder público iniba com o rigor necessário as práticas segregatórias contra o segmento afrobrasileiro. São recorrentes os gestos que desafiam o judiciário evidenciando um total menosprezo pelo aparato legal que procura salvaguardar a integridade física e moral da população negra.
     Reiteramos também que a há mais de meio século deixou de existir a obrigatoriedade de registro dos terreiros de candomblé e umbanda nas delegacias de polícia do país. Além do mais a "guerra santa" declarada por religiosos inescrupulosos que literalmente rasgam a Constituição, no que concerne aos direitos e garantias individuais, coloca em risco a construção da democracia no Brasil, apesar da afirmação constante de que lidamos muito bem com nossa diversidade cultural.
     Reivindicamos que as instâncias responsáveis por estabelecer medidas coercitivas cabíveis nesses casos não se omitam e tampouco sejam coniventes com as manifestações reacionárias que permitem confundir liberdade de expressão com violação dos direitos humanos. A imunidade parlamentar não pode ser pretexto para o silenciamento do debate e a inexistência de sanções àqueles que faltam com decoro parlamentar, ao praticarem abuso de poder.
     Não abriremos mão de nosso propósito. Mais do que decisões imediatas que cortem pela raiz todas as formas de preconceito, exigimos do Estado Brasileiro e do Congresso Nacional a adoção de estratégias que façam valer a implementação de ações afirmativas, valorizativas e punitivas na defesa dos interesses do segmento negro. Que a Lei Federal 10.639/03 seja imediatamente cumprida para que a longo prazo possamos ter cidadãs e cidadãos livres da contaminação do germe da ignorância que  produz tantos  estereótipos, os  quais desqualificam os afro-brasileiros e as culturas afro-brasileiras, verdadeiros pilares na formação desta nação.
Brasília 03 de abril de 2011
Racismo é crime !
Pelo fim da intolerância religiosa!
Punição para os racistas !
Pelo direito à liberdade de culto!
Rede Afrobrasileira Sociocultural, CETRAB, Pastoral Afro da CNBB, COJIRA-DF, NSB/PSB, MNU/DF, Comunidades de Terreiros no DF e Entorno, FENORIXÁ, ACBANTU, Movimento Negro de Pelotas, Instituto Nangetu de Tradição Afro-religiosa e Desenvolvimento Social, Associação de Mulheres de Axé do Rio Grande do Norte, CARMA

Atenciosamente,
Luanda Gabriela
Cantora/Pesquisadora, ou melhor, curiosa/moleca/mãe e Feliz!
(61) 9251-6791
"Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta. Nos perguntamos:” Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?"Na verdade, quem é você para não ser tudo isso? Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras

15 de abr. de 2011

É HOJE! - (15/04/2011) Posse MNU - Nova Iguaçu

Posse MNU Nova Iguaçu RJ

Coordenação do
MNU -  Nova Iguaçu.
O Movimento Negro Unificado, tem o prazer de convidá-la(o)
para a posse da direção Municipal eleita para o biênio 2011/2013.

Contamos com a presença dos amigos e parceiros na luta contra o racismo.
Dia 15 de abril as 18hs. No MAB.
Rua: Athaide Pimenta de Moraes, 37 - Centro/NI

12 de abr. de 2011

Posse MNU Nova Iguaçu RJ

Coordenação do
MNU -  Nova Iguaçu.
O Movimento Negro Unificado, tem o prazer de convidá-la(o)
para a posse da direção Municipal eleita para o biênio 2011/2013.

Contamos com a presença dos amigos e parceiros na luta contra o racismo.
Dia 15 de abril as 18hs. No MAB.
Rua: Athaide Pimenta de Moraes, 37 - Centro/NI

MNU/RJ - No Ato de Repúdio

Fotos do MNU Cidade RJ no Repúdio ao Dep. Jair Balsonaro na Cinelância.




4 de abr. de 2011

REPÚDIO AO DEPUTADO FEDERAL JAIR BOLSONARO

Ato de repúdio ao Deputado Federal Jair Bolsonaro:

Dia 05 de Abril  às 17:00 H.

NAS ESCADARIAS EM FRENTE A CÂMARA DOS VEREADORES NA CINELÂNDIA.
DE REPÚDIO AO DEPUTADO FEDERAL JAIR BOLSONARO.
FORA BOLSONARO!
CONTAMOS COM TODOS VCS.
LEVEM SUAS BANDEIRA, CARTAZES, FAIXAS, APITOS E ETC....