21 de mar. de 2019

Em memória dos Jovens Negros mortos pelo Estado



Todos os dias no Brasil morrem cerca de 63 jovens negros, segundo indicadores. Um jovem a cada 23 minutos. 

Pela morte desses jovens, chorarão mulheres negras, mães, avós, filhas, irmãs que ficarão sem explicações ou consolo. A maioria não terá justiça, muitas sequer enterrarão seus corpos e nenhuma compreenderá o motivou tanto ódio e tanta omissão do estado em lidar com o elevado índice de mortalidade entre os nossos jovens. Muitos mortos pela própria polícia que os deveria defender e outros tantos mortos pela perversa conjuntura assassina e genocida vivenciada por nossos jovens em favelas, guetos, periferias e centros urbanos.

Em lugar algum os nossos jovens estão seguros, pois o estereótipo que habita o imaginário do Estado brasileiro, representado por seus agentes de segurança pública, judiciário e representantes de órgãos governamentais em geral é do negro criminoso, vagabundo, bandido e marginal.
Juízes começam a fundamentar seus julgados tendo no paradigma do negro criminoso a justificativa para absolver ou condenar os que conseguem chegar até a Justiça, enquanto o encarceramento em massa ainda precede os homicídios pelas forças de segurança.

O grande desafio de nossa Luta antirracista é proteger nossos jovens, garantindo a eles o direito a vida, para que possam exercer todos os outros direitos que o Estado deveria proteger.

Este 21 de Março é em memória dos nossos Jovens mortos pelo Estado brasileiro omisso e genocida.


Sobre o tema em referência, no dia de hoje a Coordenadora Nacional do MNU, Ieda Leal divulgou o seguinte em seu perfil das redes sociais:


"Pelos jovens assassinados no Massacre de Sharpeville, por todas as vitimas dos crimes de racismo no Brasil e no mundo, o MNU está há 40 anos na luta. Resistimos com os olhos e o espírito voltados para África e em permanente combate contra a violência racial que a população negra é submetida a cada minuto nesse país. 
MNU 40 anos de Luta contra o racismo! 
A LUTA CONTINUA !!!"

Texto: Coordenação de Comunicação MNU-RJ
Fotos: Jornal GGN; Ieda Leal

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