Marielle Franco foi assassinada há um
ano no Rio de Janeiro, enquanto era realizado em Salvador o Forum Social
Mundial. Ainda não temos a conclusão das investigações, mas sabemos que há uma
onda de conservadorismo tentando tirar o Brasil dos trilhos mais progressistas
e de melhores indicadores de desenvolvimento humano. Marielle foi eleita vereadora no município do
Rio de Janeiro por um partido de esquerda e representava o complexo da Maré,
uma das maiores favelas do estado. Lutava contra o genocídio de jovens negros e
os homicídios indiscriminados dos jovens de periferias, por milícias e pelas
forças de segurança do estado.
Carolina Maria de Jesus, nasceu no
início de século XX. São 105 anos desde seu nascimento e pouco mais de 50 anos
da visibilidade de sua obra, que ainda hoje é questionada por soberbo
intelectuais da branquitude. A manutenção dos lugares que destinam ao negros da favela é o
ponto mais importante nesta guerra ideológica que se estabeleceu no país. As
elites exigem seus lugares em 100% dos espaços de poder, político, social e acadêmico e farão tudo o que estiver ao seu
alcance, sempre para desqualificar a produção dos outras etnias.
O que Carolina escreveu, neste
pensamento que transcrevemos, foi para Marielle, mas elas não sabiam: “Os
políticos sabem que sou poetisa. E que o poeta enfrenta a morte quando vê seu
povo oprimido.”
Assim o MNU-RJ deseja homenagear
essas duas mulheres negras, neste 14 de março. Mulheres fortes e incomuns, com
muitas semelhanças em suas trajetórias, oriundas de territórios com as mesmas
histórias de exclusão, medo e insegurança, de onde emergem preciosas falas e
lutas contra a opressão e a violação de direitos. A vitoriosa poesia de
Carolina, certamente impulsiona diariamente muitas de nós, a buscarem Justiça
por Marielle e Anderson.
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