20 de nov. de 2020

Consciência Negra para nós

 


Consciência Negra para nós é o não apagamento de nossa história.

Qual o nome que ajudou em seu despertar para a luta do qual você se lembra?

Este card, contem uma mostra de nossa presença negra na política do nosso estado...falta muita gente aí, nos ajude a lembrar....

Não fragmentar a luta é reconhecer que apesar de divergirmos em táticas e muitas vezes na própria estratégia da luta, somos referência preta para os mais novos, mas também somos as guardiãs e os guardiões da cultura ancestral.

Vencer nas urnas passa em primeiro lugar por vencer a nós mesmas; vencer as estruturas oligárquicas que nos puxam para baixo e vencer a velha e tacanha política fragmentadora de nossa luta.

Vencer nas urnas, também significa tentar...colocar o nome na mesa, ir para a rua com nossas espadas e ferramentas de luta e superar a perversidade do capitalismo e do ciclo financeiro que se estabeleceu e com o qual precisamos romper com  muita habilidade e união.

A caminha começou bem la atrás... Então pensem neste momento como uma vitória coletiva, exatamente como devem ser as nossas vitórias.

Estamos derrotando o sistema, e o conservadorismo.

Façamos nosso exercício diário de valorização de todas, todos e todxs aqueles que de alguma forma fazem parte de nossa construção política, intelectual e cultural. A afetividade e os relacionamento carinhosos e respeitosos de nossos povos, precisa ser mais forte do que a competividade e a agressividade implantada em nós pela necessidade de sobrevivência.

Zumbi e Dandara vivem em nós!

#vidalongaaomnu

 

6 de set. de 2020

Porque Representatividade é Importante

 

Sobre o caso do musico Luiz, preso injustamente, o MNU-RJ tem a dizer o seguinte:

 

Há momentos em que a representatividade se autojustifica:

 

O Juiz André Nicollit, de plantão na noite de ontem, determinou a soltura do músico Luiz Carlos da Costa Justino da Orquestra de Cordas da Grota de Niterói/RJ.

 


Vejam alguns dos trechos da decisão #libertadora e carregada de um verdadeiro sentimento de #JUSTIÇA em defesa deste e de todos os meninos #negros que são diariamente "confundidos" pela polícia (e também por promotores e juízes):

 

"Precisamente sobre o caso, causa perplexidade como a foto de alguém primário, de bons antecedentes, sem qualquer passagem policial vai integrar álbuns de fotografias em sede policial como suspeito.

(...)

Indaga-se: por que um jovem negro, violoncelista, que nunca teve passagem pela polícia, inspiraria "desconfiança" para constar em um álbum? Como essa foto foi parar no procedimento? Responder a esta pergunta significa atender a um reclamo legal chamado "cadeia de custódia da

prova"

(...)

Soma-se a tudo o fato de que em meio a uma pandemia, com recomendações do CNJ para especial cuidado com medidas privativas de liberdade, não é prudente, à luz de elementos tão frágeis e não contemporâneos, manter um jovem, trabalhador, encarcerado, podendo se

contaminar ou contaminar outros presos.

Com efeito, diante de inquérito e prisão, lastreados apenas no reconhecimento fotográfico, associado à pandemia do COVID-19, impõe-se revogar a segregação cautelar, pois uma pessoa presumidamente inocente, tendo à frente uma epidemia planetária que coloca sua vida em enorme

risco, destacadamente os que se encontram em local sem menor condição de higiene, não pode continuar em tal situação em observância às diretrizes do CNJ, dos comandos constitucionais e da

regência atual do CPP. Isto posto, REVOGO A PRISÃO PREVENTIVA DE LUIZ CARLOS DA COSTA JUSTINO."

 

Parabéns a todos que lutaram e denunciaram essa covardia contra o jovem músico de nossa cidade! Sigamos firmes construindo uma sociedade realmente livre do racismo, da discriminação e desse punitivismo que massacra especialmente os mais pobres!

 

Fonte: MandatoPauloEduardoGomes

#reajaaviolenciaracisl

Luiz Carlos Justino, de 23 anos, foi detido na última quarta-feira. ‘Não imaginava um dia ser preso por algo que não fiz’

 

Entenda o caso

 

O violoncelista foi preso em Niterói após a polícia alegar que, contra o músico, havia um mandado de prisão aberto por assalto à mão armada que teria ocorrido na manhã de 5 de novembro de 2017, um domingo.

No entanto, testemunhas dizem que, na época do crime, Justino tinha contrato fixo com uma padaria, onde tocava violoncelo. As apresentações aconteciam justamente aos domingos pela manhã.

No dia em que foi detido, Justino havia acabado de fazer uma apresentação com os colegas da orquestra.  Ele estava com um amigo em um bar quando foi abordado por policiais militares.

Depois que foram revistados e tiveram os nomes pesquisados, o músico foi levado para a delegacia.

Na decisão que decretou a prisão preventiva, a juíza Fernanda Magalhães Freitas Patuzzo diz que a detenção era necessária para garantir a tranquilidade da vítima que reconheceu Justino na delegacia.

A Polícia Civil, de acordo com o G1, não respondeu de que maneira foi feito o reconhecimento pela vítima.

No sábado, artistas da Orquestra de Cordas da Grota protestaram em frente ao presídio onde estava o Justino.

 

Referência – Carta Capital

 

 

4 de set. de 2020

CURSO LIVRE DE 

FORMAÇÃO POLÍTICA  

POR LÉLIA, POR TODAS 


Coordenação de Mulheres MNU-RJ

Agosto, 2020



apresentação

O Movimento Negro Unificado - MNU, organização de luta antirracista com 42 anos de história,  está organizado em quase todos os estado brasileiros, e é no estado do Rio de Janeiro que ele possui o maior número de militantes e está atuante em todas as regiões do estado.

Longe de ser uma organização homogênea, o MNU é composto por uma diversidade tão grande quanto a formação étnica do povo negro de nosso país. Seus militantes se orgulham dessa enorme complexidade de olhares e isto encontra-se bem demonstrado no mais de cinco campos ideológicos internos, os quais possuem teses próprias sobre os caminhos e formas de fazer a luta de construção do PROJETO POLÍTICO DO POVO NEGRO.

Eis a grande força do MNU: suas diferenças em olhares para a mesma questão e a maneira UNIFICADA como seus miitantes dizem os dois slogans da organização: ‘REAJA A VIOLÊNCIA RACIAL” e “VIDA LONGA AO MNU”.

No momento em que o mundo atravessa a maior Pandemia de todos os tempos, com um número de mortes somente no Brasil de mais de 120.000 mortes, o povo negro vive mais um grande pesadelo em sua luta política: manter-se vivo.

O enfrentamento ao genocídio de da juventude negra; a ruptura de direitos fundamentais; a voracidade do sistema capitalista, a e a nova concepção de normalidade que emerge sem reconhecer a importância das  vidas de pretos e pobres, ao redor do mundo.

As mulheres negras precisam se assenhorar da nova realidade que as circunda, em especial das  novas tecnologias e o volume de informações que acumulam e manipulam sobre a privacidade delas, para o enfrentamento político do sistema capitalista que se alimenta diretamente do racismo e da opreção.

O MNU-RJ percebendo esta necessidade apresenta novas ferramentas para luta política das mulheres negras, através da plataforma “Por Lélia, por todas”. Uma delas é este CURSO LIVRE DE FORMAÇÃO POLÍTICA PARA MULHRES, POR LÉLIA E POR TODAS.

 

Justificativa

A conjuntura econômica nos mostra que é preciso prosseguir no planejamento e organização das atividades que contribuam para a formação e capacitação ao enfrentamento aos mecanismos legais e sociais de redução de direitos. A falta de informação e o excesso de “fake news” que vimos emergir nos últimos dois anos, abrigam em seu bojo a necessidade premente de buscarmos fontes confiáveis para entendermos todas as mudanças sociais, econômicas e legais que estamos testemunhando em situações concretas de nosso cotidiano.

Não restam dúvidas de que realmente precisamos nos unir, organizar e debater os temas que nos afligem, de maneira planejada e orientada, para nos assenhorarmos das novas narrativas e como elas nos atingem drasticamente, gerando um misto de sentimento de impotência e desânimo, para nos mostrar o quanto é preciso estar entender as mensagens das políticas.

O “CURSO LIVRE DE FORMAÇÃO POLÍTICA PARA MULHRES, POR LÉLIA E POR TODAS” vem preencher uma lacuna de diálogos, acerca de temas atuais, porém focados nessa perspectiva. Desenvolver a crítica e questionar as formas e tratamentos a que estamos relegadas é perceber os enorme vácuos de direitos sociais resultantes de reformas e da nova ordem social e política brasileira que passaram a nos impor.

Se as mulheres não entendem o que está acontecendo e o quanto podemos mudar tudo isto, eis a razão para esta proposta.

Publico Alvo

     Mulheres Negras e Periféricas interessadas em compreender  melhor a política e seus mecanismos de exclusão de mulheres e homens negros do Rio de Janeiro;

     Mulheres militantes do Movimento Negro     Unificado - RJ;

     Mulheres Negras em busca de novo saberes, de qualquer parte do Brasil

 

Abordagens e Temas

Nossa Abordagem será a partir de 03 aspectos:

1. Formação e diálogos permanentes (Encontros virtuais, LIVES e grupo de whats app)

2. Comunicação e Midia (presença nas redes sociais);

3. Contribuições e fortalecimento de nossas pré candidaturas pretas.

 

 

DATAS E  TEMAS DOS ENCONTROS

04/09/2020 - 19h: MOVIMENTO DE MULHERES NEGRAS E A PAUTA DE GÊNERO

11/09/2020 - 19h : TROCA E COMPARTILHAMENTO DE EXPERIÊNCIAS

18/09/2020 - 19h: CONJUNTURA POLÍTICA, COMUNICAÇÃO E MÍDIA

25/09/2020 - 19h : NOSSAS PAUTAS E BANDEIRAS DA LUTA

 

Desenvolvimento

O “CURSO LIVRE DE FORMAÇÃO POLÍTICA PARA MULHRES, POR LÉLIA E POR TODAS” se desenvolverá em 04 (quatro ) encontros de 02:00h (duas horas ) cada, nas sextas-feiras do mês de setembro de 2020, iniciando-se as 19 horas pelo aplicativo zoom meeting.

Poderão participar as inscritas através de formulário virtual circulante nos grupos de whatsapp do MNU-RJ e compartilhados nas redes virtuais da organização no período de 20/08/2020 a 31/08/2020.

Todas as participantes que comparecerem a pelo menos 03 encontros e apresentarem algum produto decorrente do aprendizado, receberão certificados. Todo o conteúdo será gravado para posteriormente ser incluído nas redes virtuais da organização.

Considerações finais

É uma proposta inicial, construída pelo esforço e dedicação de mulheres da Coordenação Estadual de Mulheres do MNU-RJ, com o apoio de dirigentes nacionais da organização, militantes de dentro e fora da organização, pretas de vários territórios e também de homens comprometidos com o fortalecimento de nossa militância antirracista.

Como proposta embrionária, receberemos com muita humildade as sugestões e propostas para ampliarmos e realizarmos inovações, inclusive quanto a temática proposta.

Diante da extrema crise que assola o país, estamos buscando alternativas de nos apoiarmos e nos identificarmos em meio a tantas opções virtuais, políticos e comprometidos com a sociedade inclusiva.

Todas as participantes terão acesso ao grupo de whats app onde teremos regras de debates diários e poderão contar durante uma semana com a presença da palestrante da semana anterior.

Enfim, muitas serão as surpresas e novidades.

Contaremos com palestrantes acadêmicas e ativistas que produzem conhecimento nas temáticas abordadas.

O curso concederá Certificados de Participação e carga horária de total de 20 h/a, incluídas ai as atividades realizadas: encontros do zoom, participação nas lives, textos e presença nas redes virtuais.

Realização: